terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reposicionamento VS Conceito


Devido, a um certo despreparo para a análise de dados, fornecidos pelo briefing. Muitos estudantes de publicidade e propaganda, confundem dia após dia a diferença entre; reposicionamento e conceito.


Se uma empresa, está com um problema de imagem, a primeira opção dada por alunos é: “Vamos reposicionar a marca no mercado”. Ok, então meus queridos alunos, como irão reposicionar a marca? Respostas do tipo; vamos refazer a logomarca, vamos criar um slogan adequado e inovador, iremos tirar essa imagem e passar uma completamente diferente, vamos gerar esse tipo de proximidade entre marca e consumidor.


O tal do reposicionamento, que sempre estará ligado ao marketing, em si não aconteceu, e nem está perto de ser planejado para acontecer.
É de essencial importância termos em mente que, reposicionamento está ligado ao marketing e conceito está ligado a sentimento.


Sentimento? Sim. Pois se uma marca não tem devida familiaridade com o consumidor, essa desperta um sentimento negativo no mesmo. Vamos dar exemplo da palha de aço Bom Bril. O sucesso desse produto só se deu, porque o garoto propaganda, despertava um sentimento de fragilidade, carência e que ele precisava de ajuda. As nossas queridas donas de casa, tão bondosas amaram esse personagem, e alavancaram o produto para o top de mercado, mesmo fazendo anos que a campanha já se encerrou.


Uma marca que não desperta sentimento no consumidor, dificilmente terá bons resultados em vendas. Despertar sentimento, não quer dizer que uma pessoa irá pedir a Coca-Cola em casamento, porque está apaixonada por ela. Mas o consumidor que faz uso diário de Coca-Cola, e se sente bem a consumindo excessivamente, tem um sentimento de que o produto lhe faz sentir melhor, e, esse sentimento é o que desperta nela a necessidade diária de consumir e comprar e comprar e comprar, e fazer com que a marca enriqueça mais e mais.


O status gerado por uma certa marca, também gera sentimento, nem que seja aquele mais depressivo de que; “Esse produto é um sonho, mas nunca vou conseguir ter um”. Pensar em uma coisa tão boa, que nós não iremos conquistar, gera automaticamente a imagem de que é uma coisa boa, de outro mundo.


Certo dia, em um trabalho da faculdade, chegou até mim o briefing de um cliente pequeno, mas de certa expressão no mercado regional em que ele atua. O cliente enfrenta um problema que, o seu produto tem qualidade e preço de produto de rico, porém a embalagem e a imagem que ele possui é para uma classe social mais baixa. Como dizer para a classe alta, que o produto que parece ser para classe baixa foi produzido e custeado para ela?


O desafio era de Re-Conceituar a marca. A primeira solução que o grupo apresentou para o professor foi: “Iremos reposicionar a marca do produto, mudando a embalagem”. Erro fatal !. Se iremos mudar a embalagem é porque queremos passar ao cliente que o produto possui uma certa requinteza. Sendo assim, não iríamos nem mexer com o posicionamento da marca no mercado.


Reposicionamento, tem a ver com: Preço, vendas, lugar no mercado, etc. “Re-conceituamento” tem a ver, com o sentimento que vamos despertar no consumidor, sendo que esse sentimento irá nos ajudar a alcançar mais vendas e melhorará nosso lugar no mercado.


Macete para não errar mais. Quero fazer o consumidor amar minha marca? então melhore o conceito. Quero fazer o meu cliente ganhar dinheiro? Ser a top of mind ? então trabalhe com o reposicionamento.


Importante! Para reposicionar uma marca no mercado, primeiro você precisa despertar um sentimento bom no consumidor.


Desafio, importante para um mercado lotado por marcas e produtos. Mas, o sucesso depende de fazer coisas que não foram feitas e que gerem resultado, seja criativo o bastante para que o seu cliente ganhe mais dinheiro.


Pergunta: Qual a idéia que você tem da Pepsi e a que você tem da Coca-Cola?
A minha é que: Só compro Pepsi quando não tem Coca-Cola, e que a Pepsi é uma imitação da Coca-Cola. Não estou falando aqui, que isso é verdade absoluta. Mas tenho certeza que milhares de jovens de 20 anos pensam da mesma maneira que eu. Então Pepsi, quando iremos começar a conceituar melhor a marca? Estou louco para novos amores.


Jonhnes Carvalho, Engenheiro Coelho – SP WWW.JONHNESCARVALHO.BLOGSPOT.COM


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